quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Poema - 14

MADRUGADA


Aragem subtil e traiçoeira
passa leve e segreda aos arvoredos
as lembranças da noite com seus medos

E a neblina
que ondulosa
e felina
descera
contornando, beijando e envolvendo,
voluptuosa,
o flanco rude da serra,
vai na frente do Sol desaparecendo
e triste e silenciosa
se desterra...

Sinto um vago arrepio inexplicável
e sinto força, vida; tenho Fé.
Mas na luz branca, terna, admirável,
uma folha soltou-se...
pairou... Hesitou como se fosse
para tomar caminho.
E já serena, então, devagarinho
veio cair-me ao pé...

(Francisco Bugalho)

6 comentários:

Daniela Sousa Photography disse...

gosto da madrugada, gosto sim...

Unknown disse...

Tenho um desafio para si no meu blog.
Vá lá ver se quiser.
Bom fim de semana
Manuela

Cati disse...

Muito bom... não conhecia mas foi um prazer ler.
Beijocas!

Anónimo disse...

adoro a madrugada... amei o poema.

beijo

www.oncoto.erikamurari.com.br

Anónimo disse...

esta e ali sou eu rsrs

ruth ministro disse...

Tão lindo... Adorei :)

Beijo e bom fim de semana