quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Poema - 18

C O M I G O

O cómico avançou num rodopio

galvanizando o ar… Depois cantou,

com graça, entre piruetas, recitou,

e nem um riso único surgiu!


De mágoa eu tinha lágrimas em fio,

quando esta ausência estranha despertou

o espectador que eu era, e me apontou

o coliseu sem público… vazio…


- Oh solidão macabra da plateia!

bem cedo abriu a tua sombra fria

no meu olhar altas paisagens de ouro:


- Fumos de luz onde voei perdido

o ano dum minuto agradecido,

para ver-te no fim rir do meu choro…


EDMUNDO DE BETTENCOURT


4 comentários:

Oliver Pickwick disse...

Poema de uma melancolia tocante, caro Joseph. Ótima postagem!
Também gostei da diversidade do blog.
Abraços!

Cati disse...

Mais uma excelente escolha, Joseph... Um beijo!

PS - espreit o meu escrito de hoje... E diga-me o que acha!

A vida.... disse...

lindo poema ;-)
adoro vir ao teu blog é bom ler o k escreves.

desejo k tenhas um feliz natal e umas boas entradas

Dawa disse...

Feliz natal!
Beijinho!