terça-feira, 18 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL 2012 - ...a todos os meus AMIGOS(AS).



"...FELIZ NATAL 2012, e BOM ANO NOVO de 2013, são os meus votos cordiais!...///...MERRY CHRISTMAS 2012 and GOOD NEW YEAR 2013, are my cordial wishes! ..."

domingo, 25 de novembro de 2012

25 DE NOVEMBRO DE 1975 - O que foi e porque teve que ser feito...



Major-General JAIME NEVES

JAIME NEVES (Major-General, na reforma), foi um dos operacionais do 25 de Abril de 1974, então com o posto de Major, mas passado um ano e meio, teve que tomar a decisão de evitar a Guerra Civil em Portugal. Estávamos em Novembro de 1975, e Jaime Neves já era Coronel. Acabou por ser promovido a Major-General….só em 2009! Chamavam-lhe “O Tigre”…

Para compreender melhor o que se passou, e não andar enganado sobre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975, clique 

domingo, 5 de agosto de 2012

USAIN BOLT - Medalha de Ouro nos J.O. de Londres, nos 100 metros planos.




 Usain Bolt, mais conhecido pelo "Foguetão Jamaicano" conquistou o bi-campeonato dos 100 m planos.

A festa estava preparada e ele não decepcionou. Com 80 mil pessoas esperando pelo seu show, no estádio Olímpico de Londres, o jamaicano Usain Bolt venceu, HOJE, a prova dos 100 m planos dos Jogos de 2012, com direito a quebra do recorde olímpico, conquistando o bi-campeonato seguido. Bolt, campeão em Pequim 2008, completou a prova em 9s63, e repetiu o feito do norte-americano Carl Lewis, bi-campeão dos 100 m nas Olimpíadas de Los Angeles 1984 e Seul-1988. O jamaicano melhorou o seu antigo recorde olímpico, feito em 2008, em seis milésimos de segundo. Reparem na vantagem que leva e já estava a travar ao aproximar-se a linha de chegada.

Um monstro, (no bom sentido da palavra), das provas rápidas, e o Homem mais rápido do Mundo na actualidade. 

(Joseph 1/Google)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ss. JOAQUIM e ANA - Pais da Virgem Maria de Nazaré... (também é hoje o DIA DOS AVÓS).




Hoje, dia 26 de Julho, é o Dia Litúrgico dos Pais de Maria de Nazaré, ou seja, da Virgem Santíssima, Ss. JOAQUIM e ANA, e consequentemente AVÓS do Menino Jesus (JESUS CRISTO).

S. Joaquim, é descendente da linha de Davi, nasceu no ano 88 a.C. e era filho de Matã e Sebhrath;  era um homem de posses, e há quem sustente que seria irmão de S. José(?), e faleceu, segundo a tradição cristã com a idade de 80 anos, no ano 8 a.C..  S. Ana (Hannâ) , descendia da linha do Sacerdote Aarão e era filha de Yõnâkhîr e Dinâ.; Sobre a sua morte, há um texto antigo que diz: "Dois anos depois de Cristo ter vencido a morte e subido ao céu, Maria começou a chorar no refúgio de seu quarto", ou seja, Maria passou a viver seus últimos dias. O texto passa a contar esses últimos dias, inclusive sua assunção ao céu. Se Maria concebeu Jesus aos 14 anos, deu à luz aos 15 (idade normal naquele tempo na Ásia Menor para casar) e Jesus morreu em torno dos 33 anos, Maria teria 50 anos ao morrer. Sabe-se que era a idade média de vida das mulheres naquele tempo e naquela região. (Fica a dúvida? 14 ou 16?, Logo 50 ou 52?)

S. Joaquim casou com Santa Ana, que era estéril. Viviam em Jerusalém, onde hoje se ergue a Basílica de Santana. Casados já há 60 anos, S. Joaquim retirou-se para o deserto em oração a Deus, tendo-lhe sido comunicado por um anjo do Senhor que voltasse para casa, pois Santa Ana iria dar-lhe a filha que eles tanto desejavam. Tudo leva a crer que o nascimento de Miriam (Maria em latim) se verificou no ano 20 a.C., no dia 5, mas há dúvidas quanto ao mês, pois os estudiosos dizem que foi em 8 de Setembro, mas Nossa Senhora numa aparição que fez disse que foi em 5 de Agosto(???). 

Uma pequena coincidência: A Virgem Maria, João Baptista e Jesus Cristo, são filhos do Pai Celestial, e as suas gestações, foram todas avisadas pelo CRIADOR (Deus), através dum Anjo.

O Papa Paulo VI, depois de várias datas, fixou definitivamente o dia 26 de Julho, como data para se orar, em especial, a JOAQUIM e ANA.

S. JOAQUIM é Padroeiro dos AVÔS.
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Comemora-se assim, em todo o Mundo Católico, o dia de hoje como o DIA DOS AVÓS, na generalidade.
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JOSEPH 1
Créditos:(Wikipédia, Bíblia, cançãonova, outros)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

São TIAGO MAIOR - Apóstolo dos 12, o 1º. a ser martirizado.




Santiago Maior, também chamado Santiago, o Grande, Santiago Filho do Trovão, Santiago de Compostela e São Tiago Apóstolo, o Maior, nasceu em Betsaida, na Galileia em data desconhecida e morreu no ano 42 ou 44 d.C., em Jerusalém; Este apóstolo do Senhor, era filho de Zebedeu e de Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista. Era pescador tal como seu irmão, Pedro (Simão Pedro) e o irmão deste André, os primeiros 4 apóstolos que Jesus “chamou” para serem discípulos d´Ele.

Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte daquele grupo
mais íntimo de Jesus [formado por Pedro (Simão Pedro), Tiago Maior e João Evangelista] testemunhando, assim, milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, e a Transfiguração de Jesus, entre outros.

No entanto, foi sómente após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concrectamente aos desígnios de Deus. Procurou viver com fidelidade o seu discipulado. A sua actividade apostólica decorreu sobretudo na Judeia, na Samaria e em Espanha. No livro dos Actos dos Apóstolos, vem o belo testemunho de São Tiago,
o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o próprio sangue pela causa do Evangelho:

"Por aquele tempo, o rei Herodes Agripa I, tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, por decapitação"
(Act 12,1-2).

…Muitos são os que crêem que Santiago tenha visitado a província romana da Hispania e pregado a doutrina cristã, logo após o episódio de Pentecostes. Na cidade de Saragoça, teria presenciado uma aparição de Maria, mãe de Jesus, que ainda vivia. Tal aparição, em cima de um pilar, originou o culto de Nossa Senhora do Pilar. Devido ao insucesso em evangelizar os pagãos da Península Ibérica, Tiago teria regressado à Judeia, onde foi martirizado. Os locais que terá passado em Portugal em vida incluem Braga, Guimarães e Rates, assim como em vários locais da Galiza, na Espanha...

Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carcereiro desejando-lhe "a Paz de Cristo". Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.


…“ O corpo de São Tiago Maior foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o local permaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômeno que ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas  derramava-se sobre um mesmo ponto do Libredón, proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o Bispo de Iria Flavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local”…
No dia 25 de Julho de (provàvelmente) 813 d.C., foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.

O dia 25 de Julho é o dia litúrgico de Santiago Maior
, e foi estipulado com base na descoberta do seu túmulo, e não no dia da sua morte, como normalmente acontece.

Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levando a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, sobressai a Espanha onde, a partir do Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.                                                                   

É venerado pela Igreja Católica, Igreja Anglicana e Igrejas Orientais.


Tem como principal templo, a Catedral de Santiago de Compostela, na Galiza, em Espanha.
É o Padroeiro de Espanha e de muitos outros Países.
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Joseph 1
Créditos:(Cançãonova/Slideshare.net/Wikipédia/Google)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

S. BENTO - Abade e Patrono da Europa.




S. BENTO, nasceu em Núrsia (Umbria) – Itália no no dia 24 de Março do ano 480, e previu o dia da sua morte; Morreu numa Quinta-Feira Santa, “DE PÉ” com as mãos levantadas aos Céus, e os lábios pronunciando uma última oração, no dia 21 de Março do ano 547. (aos 67 anos de idade); era filho de uma família nobre e, por isso, foi enviado para Roma, para estudar.

Depressa, contudo, deixou esta cidade por causa da imoralidade reinante e refugiou-se numa gruta existente num vale, perto de Subiaco. Ali se consagrou exclusivamente ao silêncio e à oração. Ao fim de poucos anos era grande a fama da sua santidade. A pedido dos religiosos e duns monges, tomou o cargo de Abade  dum mosteiro ali perto mas exigia a todos o caminho da perfeição. Os tíbios monges, arrependidos da escolha, decidiram matá-lo COLOCANDO VENENO NO SEU VINHO.
O Santo ao traçar um grande Sinal da Cruz sobre a taça de cristal que lhe foi apresentada, esta DESPEDAÇOU-SE. Compreendendo bem o que isso significava, Bento abandonou no mesmo dia o mosteiro e regressou à sua gruta.

Atraídos pelo brilho das suas virtudes e fama dos seus milagres, muitos varões foram para junto da sua gruta para viverem sob sua direcção. Ao todo, São Bento acabou por erigir doze mosteiros, escolhendo 1 abade para cada um. “Estava fundada a ORDEM BENEDITINA”.

Sentindo-se moralmente perseguido, Bento retirou de Subiaco e dirigiu-se a Cassino, perto de Nápoles. Havia lá um templo pagão no qual camponeses da região rendiam culto a Apolo. S. Bento destruiu o ídolo e ergueu ali uma igreja com um oratório a S. João Baptista e outro a S. Martinho de Tours, de quem era grande devoto.

Depois deu início à construção do famoso mosteiro de MONTE CASSINO, cujo único arquitecto foi o próprio Bento  e os construtores os monges. Bispos, abades, princípes e homens de todas as classes visitavam o Santo, quer para lhe pedir um conselho, quer pela amizade e estima que tinham por ele.
Enquanto erguia o edifício do novo mosteiro, São Bento erigia interiormente a Obra Beneditina sobre uma base mais firme que a rocha, escrevendo sua inspirada e famosíssima Regra dos Monges. Com o seu conhecido lema “Ora et labora” (Reza e trabalha), a Regra tem o mérito de harmonizar no monge a oração e a acção.

A Ordem de São Bento teve um extraordinário surto de desenvolvimento a patir do Séc. X com a fundação da Abadia de Cluny. No seu apogeu 17 mil Mosteiros estavam subordinados a ela. Nações inteiras foram convertidas à Fé Cristã pelos discípulos do Santo Patriarca. Muitas famosas Universidades – Paris, Cambridge, Bolonha, Oviedo, Salamanca, Salzburgo – nasceram como desdobramento de colégios beneditinos.

São atribuídos a S. Bento numerosos milagres, os quais estão incluídos na clássica obra do Papa São Gregório Magno, datada de 593. Destacam-se 4:

-O pão envenenado lançado longe por um corvo
-A Ressurreição de um morto.
-A taça de cristal quebrada com o sinal da cruz (descrito acima).
-O pão envenenado e o corvo.



São Bento é venerado em Portugal no Santuário de São Bento da Porta Aberta, no Alto da Caniçada, que foi erguido a partir de 1614. Também está ligado aos Monges Beneditenses o Santuário de Nossa Senhora da Abadia, sito a 4 kms. do Mosteiro de Santa Maria do Bouro, todos sitos no GERÊS.

Séculos mais tarde, o Papa PIO XII chamou S. Bento de “PAI DA EUROPA”; e desta mesma o constituiu o Papa PAULO VI, Patrono, em 1964, no dia 11 de Julho.

É considerado um dos maiores Santos das Igrejas Católica, Ortodoxa, Luterana e Anglicana, tendo sido canonizado em 1220.

Reconhecendo a importância fundamental deste Santo na difusão do Cristianismo na Europa e na conservação da sua unidade, o Cardeal Ratzinger escolheu o nome de BENTO quando foi eleito papa (BENTO XVI).

O Dia Litúrgico de S. Bento é hoje, na data da sua elevação a Patrono (Padroeiro) da EUROPA.

(Créditos: Wikipédia/LivrodeS.Bento/Outros).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

S. TOMÉ - Apóstolo dos 12, Mártir e Dídimo.


Hoje, dia 3 de Julho, é o Dia Litúrgico de S. TOMÉ - Apóstolo

(em construção)

domingo, 24 de junho de 2012

S. JOÃO BAPTISTA - Precursor, Profecta e Mártir.



Celebra-se hoje, dia 24 de Junho, o nascimento do primo de JESUS, ou seja, do Profecta JOÃO BAPTISTA, que nasceu em Nazaré, e era filho do Sacerdote Zacarias e de Isabel (Elizabete), prima de Maria de Nazaré, mais tarde a VIRGEM MARIA. (Diz-se também que ELIAS teria reencarnado em João).
Pensa-se que João Baptista terá nascido no ano 1 a.C., ou 2 a.C. ou 7 a.C. (sendo esta a data mais credível dado que Jesus também terá nascido no ano 7. a.C.).


São João Baptista é o ÚNICO Santo que tem 2 Dias Litúrgicos: o do nascimento e o da morte.

Há porém duas Entidades Divinas com vários Dias Litúrgicos: Nosso Senhor JESUS CRISTO e Sua Mãe MARIA SANTÍSSIMA.


Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João baptizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio Jordão, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas. Jesus foi baptizado antes de  iniciar a sua vida pública. Tanto João como Jesus, foram gerados por obra e graça do Divino Espírito Santo, e anunciados às suas mães pelo Anjo Gabriel, com o intervalo de 6 meses.

É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido os registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias (O maior dos profectas). Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas acções de João.

O discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com a chegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.


Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.


O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I, no  ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução.

Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital; Herodíades, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei, e a cabeça de João foi-lhe entregue numa bandeja de prata.

Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.

Ambos foram Mártires: João Baptista aprisionado e a quem cortaram a cabeça por capricho de Salomé; Mais tarde, Jesus Cristo foi maltratado de todas as formas e acabou sendo crucificado em Golgotá, no meio de 2 ladrões.

Primos sempre próximos, no nascimento, na vida e na MORTE.

A data do Baptismo de Jesus e o ano da morte de João têm tantas versões que não se sabe se estas datas da Wikipédia estarão correctas: Nascimento no ano 2 .a.C. e decapitação no ano 27 d.C. (tendo assim 28 anos) (??)

Sempre ouvi dizer que Jesus Cristo foi baptizado quando tinha 30 anos.


“Espero em Agosto, aquando do Dia Litúrgico de João, por ocasião da sua morte ter mais esclarecimentos concrectos sobre estas datas….pois já li que Jesus teria morrido com 48 anos!!!!!.....com 37, e que Jesus é uma pessoa e Cristo outra).”

Hoje, é o Dia Litúrgico do Nascimento do Profecta JOÃO BAPTISTA.

Créditos:(Wikipédias várias e blog Recantodasletras.br(?)Joseph 1)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Santa JOANA D´ARC - Virgem, Guerreira e Mártir.





Santa Joana d'Arc,  (em francês Jeanne d'Arc), nasceu em Domrémy-la-Pucelle, a 6 de janeiro de 1412 — e morreu (queimada viva) em Ruão- Alta Normandia, a 30 de maio de 1431).  Por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França desde 1922. Foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.
Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa Beatificada em 1909, em Roma por São Pio X, e Canonizada a 16 de Maio de 1920, em Roma, pelo Papa Bento XV, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.

Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, sendo ela a mais nova dos irmãos. Sua mãe lhe ensinou todos os afazeres de uma menina da época, como fiar e costurar. Joana também era muito religiosa e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade.

Durante o seu julgamento, Joana afirmou que desde os treze anos ouvia vozes divinas. Segundo ela, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direcção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que às vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida.


Desde que o Duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador, se apoderou da Inglaterra em 1066, os monarcas Ingleses passaram a controlar extensas terras no território francês. Com o tempo, passaram a ter vários ducados franceses: Aquitânia, Gasconha, Poitou, Normandia, entre outros. Os duques, apesar de vassalos do rei francês, acabaram tornando-se seus rivais.


Quando a França tentou recuperar os territórios perdidos para a Inglaterra, originou-se um dos mais longos e sangrentos conflitos da história da humanidade: a Guerra dos Cem A
nos, que durou na realidade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional.

O início da guerra aconteceu em 1337. Os interesses mais que evidentes de unificar as coroas concretizaram-se na morte do rei francês Carlos IV em 1328. Filipe VI, sucessor graças à lei sálica (Carlos IV não tinha descendentes masculinos), proclamou-se rei da França em 27 de maio de 1328.
Felipe VI reclamou em 1337 o feudo da Gasconha ao rei inglês Eduardo III, e no dia 1 de novembro este responde plantando-se às portas de Paris frente ao bispo de Lincoln, declarando que ele era o candidato adequado para ocupar o trono francês.

A Inglaterra ganharia batalhas como Crécy (1346) e Poitiers (1356). Uma grave enfermidade do rei francês originou uma luta pelo poder entre seu primo João I de Borgonha ou João sem Medo, e o irmão de Carlos VI, Luís de Orléans.

No dia 23 de novembro de 1407, nas ruas de Paris e por ordem do borguinhão, cometeu-se o assassinato do armagnac Luís de Orléans. A família real francesa estava dividida entre os que davam suporte ao duque de Borgonha (borguinhões) e os que o davam ao de Orléans e depois a Carlos VII, Delfim de França (armagnacs ligados à causa de Orléans e à morte de Luís). Com o assassinato do armagnac, ambos os bandos se enfrentaram numa guerra civil, onde buscaram o apoio dos ingleses. Os partidários do Duque de Orléans, en 1414, viram recusada uma proposta pelos ingleses, que finalmente pactuaram com os borguinhões.

Com a morte de Carlos VI, em 1422, Henrique VI da Inglaterra foi coroado rei francês, mas os armagnacs não desistiram e mantiveram-se fiéis ao filho do rei, Carlos VII, coroando-o também em 1422.

Aos 16 anos, Joana foi a Vaucouleurs, cidade vizinha a Domrèmy. Recorreu a Robert de Baudricourt, capitão da guarnição armagnac estabelecida em Vaucouleurs para lhe ceder uma escolta até Chinon, onde estava o delfim, já que teria que atravessar todo o território hostil defendido pelos aliados ingleses e borguinhões. Quase um ano depois, Baudricourt aceitou enviá-la escoltada até ao delfim. A escolta iniciou-se aproximadamente em 13 de fevereiro de 1429. Entre os seis homens que a acompanharam estavam Poulengy e Jean Nouillompont (conhecido como Jean de Metz). Jean esteve presente em todas as batalhas posteriores de Joana d'Arc.

Portando roupas masculinas até sua morte, Joana atravessou as terras dominadas por Borguinhões, chegando a Chinon, onde finalmente se iria encontrar com Carlos VII, após uma apresentação de uma carta enviada por Baudricourt. Chegando a Chinon, Joana já dispunha de uma grande popularidade, porém o delfim tinha ainda desconfianças sobre a moça. Decidiram passá-la por algumas provas. Segundo a lenda, com medo de apresentar o delfim diante de uma desconhecida que talvez pudesse matá-lo, eles decidiram ocultar Carlos VII  numa sala cheia de nobres, ao recebê-la. Joana então teria reconhecido o rei disfarçado entre os nobres sem que jamais o tivesse visto antes. Joana teria ido até ao verdadeiro rei, se curvado e dito: "Senhor, vim conduzir os seus exércitos à victória".

Sozinha na presença do rei, ela convenceu-o a lhe entregar um exército com o intuito de libertar Orléans. Porém, o rei ainda a fez passar por provas diante dos teólogos reais. As autoridades eclesiásticas em Poitiers submeteram-na a um interrogatório, averiguaram sua virgindade e suas intenções.

Convencido do discurso de Joana, o rei entrega-lhe nas mãos uma espada, um estandarte e o comando das tropas francesas, para seguir rumo à libertação da cidade de Orléans, que havia sido invadida e tomada pelos ingleses havia oito meses.

Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (e na França como a Siège d'Orléans). Os franceses já haviam tentado defender Orléans mas não obtiveram sucesso.

Existem histórias paralelas a esta que informam que a figura de Joana era diferente. Ela teria chegado para a batalha  num cavalo branco, com armadura de aço, e segurando um estandarte com a cruz de Cristo, circunscrita com o nome de Jesus e Maria. Segundo esta outra versão, Joana teria sido apenas arrastada pelo fascínio sobrenatural de seus sonhos e proposta de missão a cumprir segundo a vontade divina e sem saber nada sobre arte de guerra comandou os soldados rudes, com ar angelical, e na sua presença ninguém se atrevia a dizer ou praticar inconveniências. Ela apresentava-se extremamente disciplinada.

Após a libertação de Orléans, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, e ao invés disto, Joana convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Isso já era uma estratégia de Joana para conduzir o Delfim a Ruão.

Joana dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 venceu a batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira victória foi na batalha de Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Um dia após sua última victória dirigiu-se a Patay, onde sua participação foi pouca


A batalha de Patay, única batalha em campo aberto, já se desenrolou sem a presença de Joana'D arc.
Cerca de um mês após a sua victória sobre os ingleses em Orléans, ela conduziu o rei Carlos VII à cidade de Reims, onde este foi coroado a 17 de julho. A victória de Joana d'Arc e a coroação do rei acabaram por reacender as esperanças dos franceses de se libertarem do domínio inglês e representaram a viragem da guerra.

O caminho até Reims era considerado difícil, já que várias cidades estavam sob o domínio dos borguinhões. Porém, a fama de Joana tinha-se estendido por boa parte do território e fez com que o exército armagnac do delfim fosse temido. Assim, Joana passou sem problemas por sucessivas cidades como Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul.

Desde Gien, foram enviados convites a diversas autoridades para assistir à consagração do delfim. Em Auxerre chegou-se a pensar em resistência por parte de uma pequena tropa inimiga que se encontrava na cidade. Após três dias de negociação foi possível por lá passar sem qualquer problema. O mesmo aconteceu em Troyes, onde as negociações duraram cinco dias. A chegada a Ruão foi em 16 de julho.

Sabe-se que o dia da consagração definitiva do rei francês em Ruão foi em 17 de julho e não foi a cerimônia mais esplêndida do momento, já que as circunstâncias da guerra impediam que o fosse. Joana assistiu à consagração de uma posição privilegiada, acompanhada do seu estandarte.
Teoricamente Joana já não tinha nada mais que fazer no exército já que havia cumprido a sua promessa perfeitamente, havia cumprido correctamente as ordens que as vozes lhe haviam dado. Mas ela, como muitos outros, viu que enquanto a cidade de Paris estivesse tomada pelas tropas inglesas, dificilmente o novo rei poderia ter claramente o controle do reino de França.

No mesmo dia da coroação, chegaram emissários do Duque de Borgonha e  iniciaram-se as negociações para se chegar à paz, ou a uma trégua, que foi finalmente o que se pactuou. Não foi a paz que Joana desejava, mas pelo menos houve paz durante quinze dias. Entretanto a trégua não foi gratuita, já que houve interesses políticos por detrás desta. Carlos VII necessitava tomar Paris para exercer a sua autoridade de rei mas não queria criar uma imagem ruim com uma conquista violenta de terras que passariam a ser seu domínio. Foi isto que o que motivou a aceitar a trégua com o Duque de Borgonha. Foi uma necessidade de ganhar tempo.

Durante a trégua, Carlos VII levou o seu exército até Île-de-France (região francesa que abriga Paris). Houve algumas confrontações entre os armagnacs e a aliança inglesa com os borguinhões. Os ingleses abandonaram Paris dirigindo-se a Ruão (ou Rouen em francês). Restava então derrotar os borguinhões que ainda ficaram em Paris e na região.

Joana foi ferida por uma flecha durante uma tentativa de entrar em Paris. Isto acelerou a decisão do rei em bater em retirada no dia 10 de setembro. Com a paragem o rei francês não expressava a intenção de abandonar definitivamente a luta, mas optava por pensar e defender a opção de conquistar a victória mediante a paz, tratados e outras oportunidades no futuro.

Na primavera de 1430, Joana d'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses, em 1430.
Foi presa em 23 de Maio do mesmo ano. Entre os dias 23 e 27 foi conduzida à Beaulieu-lès-Fontaines. Joana foi entrevistada entre os dias 27 e 28 pelo próprio Duque de Borgonha, Felipe, o Belo. Naquele momento Joana era propriedade do Duque de Luxemburgo. Joana foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu todo o verão, enquanto o duque de Luxemburgo negociava a sua venda. Ao vendê-la aos ingleses, Joana foi transferida para Ruão.

A infanta D. Isabel, filha de D. João I e duquesa de Borgonha (e em cuja honra foi criada por Filipe, o Bom a Ordem do Tosão de Ouro, em Janeiro de 1430, por ocasião da chegada de Isabel ao ducado), poderá ter sido a impulsionadora da perseguição a Joana D'Arc. Não só como Infanta de Portugal, aliada da Inglaterra e de Borgonha, mas porque Joana D'Arc a submetera a cerco quando chegara a Borgonha para se casar com Filipe, o Bom. Implacável (como se vê pela sua atitude perante o seu irmão D. Henrique, o "traidor" da Alfarrobeira), não desisitiu enquanto Joana D'Arc não pagou pela insolência com a própria vida.

Joana foi presa numa cela escura e vigiada por cinco homens. Em contraste com o bom tratamento que recebera na sua primeira prisão, Joana agora vivia os seus piores tempos.

O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Foi um processo que passaria à posteridade e que converteria Joana em heroína nacional, pelo modo como se desenvolveu e trouxe o final da jovem, e da lenda que ainda nos dias de hoje mescla realidade com fantasia.

Dez sessões foram feitas sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas, que resultaram na acusação de heresia e assassinato.

No dia 21 de fevereiro Joana foi ouvida pela primeira vez. A princípio ela negou-se a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre os seus trajes masculinos. No dia 27 e 28 de março, Thomas de Courcelles fez a leitura dos 70 artigos da acusação de Joana, e que depois foram resumidos a 12, mais precisamente no dia 5 de abril. Estes artigos sustentavam a acusação formal para a Donzela buscando a sua condenação.

No mesmo dia 5, Joana começou a perder saúde por causa de ingestão de alimentos venenosos que a fez vomitar. Isto alertou Cauchon e os ingleses, que lhe trouxeram um médico. Queriam mantê-la viva, principalmente os ingleses, porque planeavam executá-la.
Durante a visita do médico, Jean d’Estivet acusou Joana de ter ingerido os alimentos envenenados conscientemente para cometer suicídio. No dia 18 de abril, quando finalmente ela se viu em perigo de morte, pediu para se confessar.

Os ingleses impacientaram-se com a demora do julgamento. O Conde de Warwick disse a Cauchon que o processo estava demorando muito. Até o primeiro proprietário de Joana, Jean de Luxemburgo, apresentou-se a Joana fazendo-lhe a proposta de pagar pela sua liberdade se ela prometesse não atacar mais os ingleses. A partir do dia 23 de maio, as coisas se aceleraram, e no dia 29 de maio ela foi condenada por heresia.

Joana D´Arc  foi queimada viva em 30 de maio de 1431, com apenas dezenove anos. A cerimónia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Ruão.


Antes da execução ela confessou-se com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou, vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para a sua execução. Após lerem o seu veredicto, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objecto de veneração pública. 

Era o fim da heroína francesa.

No ano de 1456, Joana D’arc foi considerada inocente pelo Papa Calisto III. O processo que a condenou a morte foi invalidado e ela virou Santa. E foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.

O seu dia litúrgico comemora-se a 30 de Maio (hoje).

Créditos: (Wikipédia, Google, Outras fontes, Joseph 1)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa RITA de CÁSSIA - Religiosa e Estigmatizada.



Santa Rita de Cássia, nascida Rita Lotti (N: Roccaporena, 1381 — F: Cássia, 22 de maio de 1457), foi uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627 pelo Papa Urbano VIII e canonizada em 1900, pelo Papa Leão XIII. 

Nascida de devotos pais, Antonio Mancini e Amata Ferri Lotti, que se conheciam como os "Pacificadores de Jesus Cristo", pois os chamavam para apaziguar brigas entre vizinhos era filha única, e foi mãe, viúva, religiosa e estigmatizada. Nasceu em Maio do ano 1381, um ano depois da morte de Santa Catarina de Siena, e foi baptizada com o nome de Margherita. A casa natal de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas quarenta milhas de Assis, na Úmbria, região do centro da Itália que mais santos tinha dado à Igreja (São Benedito, Santa Escolástica, São Francisco, Santa Clara, Santa Ângela, São Gabriel, Santa Clara de Montefalco, São Valentim e muitos mais). 

Sua vida começou em tempo de guerras, terremotos, conquistas e rebeliões. Países invadiam países, cidades atacavam as cidades vizinhas, vizinhos lutavam com os vizinhos, irmão contra irmão. Os problemas do mundo pareciam maiores que a política e os governos eram capazes de resolver. 

Eles não necessitavam de discursos poderosos nem discussões diplomáticas, somente apelavam a Jesus. Sentiam que somente assim se podem apaziguar as almas. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim que Deus, acredita-se, atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios. 

Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos santos. Rita, igual a Santa Catarina de Siena, nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina foi, conforme se crê, dada a graça de ler milagrosamente por Jesus Cristo); para Santa Rita seu único livro era o crucifixo. 

Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus pais, Antônio e Amata, avançados em idade, escolheram para ela um esposo, Paolo Ferdinando Mancini, que, embora pertencendo a uma ilustre família, não terá sido uma decisão muito sábia. Mas Rita obedeceu. Os católicos crêem que quis Deus assim dar-nos nela o exemplo de uma admirável esposa, cheia de virtude, ainda nas mais difíceis circunstâncias. 

Tinha 16 anos quando se casou. Depois do matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor, mulherengo e abusador. Ela padeceu no longo período de dezoito anos que viveu com seu esposo. Muitas vezes bebeu o "cálice da amargura" até a última gota, incontáveis foram os actos de paciência e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou. Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à igreja ia sem a permissão de seu brutal marido. 

A mansidão, a docilidade e a prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que eloquência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências em casa de Rita, iam com frequência consolar-se com ela e expor os dissabores e ultrajes que recebiam de seus maridos.
À imitação de Santa Mônica, Rita lhes respondia: "Lembrai que, desde o momento em que recebemos nossos esposos, como maridos, aceitamo-los como nossos donos e senhores, e assim lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isso significa ser casadas! Notai que não tem menos culpa a mulher que fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à mulher para que fale mal". Por isso, não permitia que em sua presença se murmurasse dos defeitos alheios. Por esse meio conseguiu desterrar de muitos o péssimo costume de falar mal dos outros. 

Encontrou sua fortaleza em Jesus Cristo, em uma vida de oração, sofrimento e silêncio. Tiveram dois gêmeos, os quais herdaram o temperamento do pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de matrimônio e oração por parte de Rita, o esposo se converteu, pediu-lhe perdão e lhe prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoou e ele deixou sua antiga vida de pecado. Passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus. 

Isso não durou muito, porque, enquanto seu esposo havia se reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos. Uma noite, Paolo não chegou em casa. Antes de sua conversão, isso não teria sido estranho, mas no Paolo reformado isso não era normal. Rita sabia que algo havia ocorrido. No dia seguinte, encontraram-no assassinado (havia sido apunhalado até à morte).
Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, Gian Giacomo e Paolo Maria, que eram maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram dissuadi-los. Foi então que Santa Rita compreendeu que mais vale salvar a alma que viver muito tempo: rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dois filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor aparentemente respondeu a suas orações: os dois padeceram de uma enfermidade fatal (provávelmente ceifados pela peste). Durante o tempo de enfermidade, a mãe lhes falou docemente de amor e do perdão. Antes de morrer, conseguiram perdoar aos assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai no céu. 

Ao estar sozinha, não se deixou vencer pela tristeza e pelo sofrimento. Santa Rita quis entrar no convento com as irmãs agostinianas, mas não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada. A morte violenta de seu esposo deixou uma sombra de dúvida. Ela se voltou de novo a Jesus em oração. Ocorreu então o que se crê como um milagre. Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a chamavam: "Rita, Rita, Rita!" Isso ocorreu três vezes, na terceira vez Rita abriu a porta e ali estavam Santo Agostinho, São Nicolau Tolentino e São João Batista, de qual ela havia sido devota desde muito menina. 

Eles lhe pediram que os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena, no pico de Scoglio, onde Rita sempre ia orar, sentiu que a levantaram no ar e a empurravam suavemente. Encontrou-se acima do monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando saiu do êxtase, encontrou-se dentro do monastério, embora todas as portas estivessem trancadas. Ante aquele milagre, as monjas agostinianas não lhe puderam negar entrada.
Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. É admitida e faz a profissão nesse mesmo ano de 1417, e ali passa quarenta anos de consagração a Deus. 

Durante seu primeiro ano, Rita foi posta à prova por suas superioras. Foi-lhe dada a passagem da Escritura do jovem rico para que meditasse. Um dia, Rita foi posta à prova por sua Madre Superiora. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo algumas biografias da santa. 

Rita o fez obedientemente e de boa maneira. Uma manhã, a planta se havia convertido em uma videira com flores e deu uvas que se usaram para o vinho sacramental. Desde esse dia segue dando uvas. 

Rita meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, nos desprezos, nas ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário. Durante a Quaresma do ano 1443, foi a Cássia um pregador chamado Santiago de Monte Brandone, que deu um sermão sobre a paixão de Cristo que tocou tanto a Rita que, a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na cruz. 

Dum modo especial exercitava-se na contemplação dos mistérios da Paixão e Morte de Jesus, a tanto chegou o seu amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Conforme a história, da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da santa, causando-lhe intensíssimas dores até à morte. 

Aquela ferida era, na verdade, um “estigma”, fonte de celestiais doçuras para a Santa, mas, ao mesmo tempo, de desgosto para as religiosas, que não podiam suportar a vista daquela repugnante ferida, vendo-se, por esse motivo, obrigada a viver isolada de suas amadas irmãs. A santa aceitou isso como um novo favor do céu, ficando, assim, livre para tratar mais intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial esposo. A maioria dos santos que têm recebido esse dom exalam uma fragrância celestial. A chaga de Santa Rita, sem dúvida, exalava um odor pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por quinze anos viveu sozinha, longe de suas irmãs monjas. O Senhor lhe deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano santo. Desapareceu o “estigma” de sua cabeça durante o tempo que durou a peregrinação. Tão pronto quanto chegou de novo a casa, o estigma voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das irmãs. 

Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha durante quatro anos. Ela observou como seu corpo se consumia com paz e confiança em Deus. Durante a enfermidade, a pedido seu trouxeram-lhe 1 ROSA e 2 FIGOS que haviam brotado de maneira prodigiosa no frio inverno em sua horta de Roccaporena. Ela aceitou tudo sorrindo como um dom de Deus. 


O roseiral de Santa Rita

Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via purgativa, a iluminativa e a unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em caridade e confiança em Deus. O crucifixo foi seu melhor mestre. "Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação, com toda minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos. Reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte, rogo-vos que tenhais piedade das minhas fragilidades. Perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina." No convento, só se ouviam os soluços das freiras, mas o sino começou a tocar aparentemente sozinho, anunciando a sua partida deste mundo. Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos. As religiosas pensavam com horror no odor fétido de sua chaga, mas o seu rosto pálido começou a tomar viva cor, a ferida cicatrizou-se e de seu corpo começou a exalar um delicioso perfume. 

Uma das religiosas, Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, quis abraçá-la e assim o fez porque o seu braço ficou curado pela santa. As freiras revestiram o corpo com o hábito de sua ordem e o transportaram para a capela interior do mosteiro. A ferida do estigma na fronte desapareceu e em lugar apareceu uma mancha vermelha como um rubi, a qual tinha uma deliciosa fragrância. 

Devia ter sido velada no convento, mas pela multidão tão grande se necessitou da igreja. Permaneceu ali e a fragrância nunca desapareceu, permanece até aos dias actuais e a todos encanta. Por isso, nunca a enterraram. O ataúde de madeira que tinha originalmente, e onde foi velada por abelhas negras, foi trocado por um de cristal e ficou exposto para veneração dos fiéis desde então. Multidões, todavia, acodem em peregrinação a honrar a Santa e pedir sua intercessão ante seu corpo que permanece INCORRUPTO

A Basílica-Santuário de Santa Rita guarda o corpo da Santa. É o lugar da mais intensa participação e devoção dos peregrinos que se dirigem a Cássia para orar junto dos seus restos mortais. Ao lado está o Mosteiro de Santa Rita. 

O 1º. Milagre: 

O 1º. Milagre atribuído a Santa Rita, terá sido quando os pais, que eram camponeses, a deixaram num berçário à sombra de uma árvore. Vieram algumas abelhas brancas que se aproximaram da boca da menina para lhe daitar mel ou lhe matar a sede. Enquanto as abelhas zumbiam à volta da pequenita, passou perto um camponês que se havia aleijado com uma foice. Ia para a cidade com a mão a sangrar, quando viu o enxame perto da menina. Alarmado pôs-se a agitar os braços para afastar as abelhas. A menina sorriu para ele e as abelhas pareciam dançar. A surpresa foi quando o ferido se apercebeu que a sua mão já não sangrava e se tinha curado naquela altura. 

Outros milagres: 

Em Pergola, lugarejo da Úmbria, havia uma casa pertencente a uma das mais ilustres famílias da Itália, que, pela grande devoção que tinha a Santa Rita, fazia-lhe todos os anos a festa na igreja de Santo Agostinho. Estavam casados há mais de dezoito anos, mas viviam tristes porque não tinham filhos. Recorreram a Santa Rita com fervorosas súplicas, para que lhes alcançasse de Deus o que lhe pediam. O Senhor atendeu a suas orações, dando-lhes dois filhos, que foram a consolação dos pais e a honra da família. 

Na cidade de Valença, no ano de 1688, Santa Rita restituiu a visão a uma menina cega de nascimento, no fim de uma novena que os pais da criança lhe fizeram. 

A Bernardino, filho de Tibério, restituiu Santa Rita a visão de um dos olhos, que tinha perdido por causa de uma ferida: entrando no sepulcro da santa, saiu livre do mal de que padecia. 

Uma mulher nobre, chamada Mateia de César, natural de Rocha, que era surda-muda desde a sua primeira idade, fez uma promessa a Santa Rita. Passou a ouvir e logo falou.

Francisca, natural de Fucella, surda de cinco anos, pela intercessão de Santa Rita, conseguiu ouvir, após lhe rezar três Ave-Marias. No ano de 1457, um homem, natural de Ocone, tremendamente aflito de pedras nos rins, recorreu a Santa Rita e logo se viu livre de tão penoso mal. 

A mãe da menina Josefa Maria prometeu a Santa Rita vestir-lhe um hábito igual ao da santa se a livrasse de um terrível mal do coração. Concedeu-lhe a santa imediatamente a graça. 

Não é menor a graça que recebeu uma criança chamada Ana, cuja garganta foi atravessada por um alfinete, que lhe impedia a respiração. Sendo-lhe aplicada com grande fé uma estampa da santa , no mesmo tempo expeliu o alfinete pela boca. 

Lúcia tinha um filho de pés e mãos entrevados havia muitos anos: untou-os com azeite da lâmpada de Santa Rita e invocou o seu patrocínio; levantou-se o menino completamente são. 

No grande terremoto que sofreram alguns lugares da Itália, em 12 de maio de 1730, contam que o corpo de Santa Rita levantou-se da urna em que estava e, suspenso no ar por espaço de várias horas, reprimiu o golpe do espantoso terremoto, que na cidade de Cássia não passou de ameaça. Esse fato foi confirmado pelo bispo do lugar e divulgado por toda a Europa. 

Outro espantoso facto ocorrido foi quando o superior da Ordem Agostiniana foi visitar o corpo de Santa Rita e o corpo se levantou da urna, suspenso no ar, em sinal de respeito ao superior da ordem. 
*
Essas maravilhas e outras muitas estão arroladas no processo de beatificação de Santa Rita de Cássia, também conhecida como a “Santa das Rosas”, a “Santa dos Impossíveis”,a “Santa das Curas”, etc. 

Oração de Santa Rita de Cássia
 (oração especial para causas impossíveis) 

Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranqüilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós. 

O seu dia litúrgico é a 22 de Maio (dia da sua morte), ou seja, (hoje). 

Créditos:(Stefano Dell´Orto,Wikipédia,Google,Joseph 1)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

S. MATIAS - Apóstolo e Mártir.



Matias, o apóstolo "póstumo". É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor, para o substituir. Alguns teólogos se referem a ele como o décimo terceiro apóstolo. Nasceu depois do Messias, em data incerta, no Séc. I, na Judeia, e morreu cerca do ano 80 d.C. (Séc. I), em Jerusalém.  "Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109:8 ordena "Que outro receba seu cargo".

“Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi baptizado por João Baptista até que ressuscitou e subiu aos céus”.
“E foram designados dois: José, de apelido Barsabás, chamado Justo, e Matias…depois tiraram à sorte e a sorte caiu em MATIAS”.(Act 1, 21-26) 

Segundo as palavras de Pedro registadas em Actos 1:21, 22, Matias havia sido seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério e havia estado intimamente associado com os apóstolos. Provavelmente era um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas 10:1. Após a sua escolha, ele foi "contado com os restantes onze apóstolos" pela congregação e quando o livro dos  Actos logo depois fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso, lógicamente, já incluía Matias.

Isto aconteceu a apenas poucos dias antes do derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 d.C., consoante as várias opiniões de alguns estudiosos, dado ter sido a última ocasião mencionada na Bíblia em que se recorreu a sortes para se saber a escolha de Deus num determinado assunto.

As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e, segundo os teólogos, são de sua autoria. De facto, existe uma certa confusão entre os apóstolos Matias e Mateus em alguns escritos antigos.


Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus. 


Porém, de acordo com outras referências históricas há versões diferentes, tudo levando a crer que Matias foi mesmo morto em Jerusalém. De acordo com Nicéforo, Matias primeiro pregou o Evangelho na Judéia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, dirigiu-se para região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, actual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara indicam que Matias estará sepultado naquele lugar.

A Sinopse de Doroteu contém esta tradição:
"Matias pregou o Evangelho aos bárbaros e canibais no interior da Etiópia, onde a Baía de Hyssus se encontra, na foz do Rio Fásis. Ele faleceu em Sebastopólis e está sepultado aqui, próximo ao Templo do Sol."

Um trecho dos Actos Coptas de André e Matias localiza a sua actividade similarmente na "Cidade dos Canibais", na Etiópia.

Já a tradição, narrada por Hipólito de Roma, informa que Matias teria morrido em idade avançada em Jerusalém.

Certo é que há registos de que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de São Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas encontra-se na antiqüíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.

Santa Helena está também ligada ao achado da Cruz em que Jesus Cristo foi crucificado, pois foi ela que mandou procurar debaixo dum templo, a dita Cruz, mandando escavar a terra, já que era hábito os judeus enterrarem os materiais com que faziam as suas vítimas. Foram encontradas as 3 cruzes e mediante um toque milagroso descobriu-se qual era a Cruz em que havia padecido Jesus. As 3 cruzes tocaram um moribundo, mas só a última, a Cruz de Cristo, o curou de imediato.

O dia litúrgico de São Matias é comemorado a 14 de Maio (hoje).


O Evangelho de Matias é um texto perdido dentre os “Apócrifos” do Novo Testamento, atribuído a Matias, o apóstolo escolhido para suceder Judas Iscariotes (Actos 1:15-26). O conteúdo pode ser inferido através de diversas descrições dele em trabalhos antigos dos pais da Igreja. Há pouquíssima evidência para concluir se “Tradições de Matias” é o mesmo tratado, como afirma J.B.Matthews em The Anchor Bible Dictionary (IV:644).

Créditos: (Wikipédia/comShalom.org/alexandrina.balasar.free.fr/Joseph 1)

domingo, 13 de maio de 2012

Hoje é Dia de Nª. Srª. de FÁTIMA - Comemoração da 1ª. Aparição aos Pastorinhos LÚCIA, FRANCISCO e JACINTA em 1917.


Peregrinos hoje no Santuário (13-05-2012)

Celebra-se HOJE o 95º. Aniversário da 1ª. Aparição de Nossa Senhora de FÁTIMA, aos 3 Pastorinhos, JACINTA MARTO, FRANCISCO MARTO e LÚCIA DE JESUS, no local denominado Cova da Iria, cujos terrenos eram pertença dos pais de LÚCIA, que era prima dos irmãos Jacinta e Francisco. Estas crianças tinham, respectivamente, 7, 9 e 10 anos.

Esta Aparição deu-se a um Domingo, por volta das 13.30 horas. Quando os Pastorinhos tocavam as ovelhas de regresso à estrada, apareceu sobre uma azinheira grande “uma Senhora mais brilhante que o Sol, vestida toda de branco, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio d´água cristalina, atravessado pelos raios do Sol mais ardente”. A Senhora profere:“não tenhais medo. Eu não vos faço mal”.


Neste instante, Lúcia começa a manifestar-se a guia do grupo. Interroga a Aparição no seu modo simples de falar:”De onde é Vossemecê?”. A Senhora diz:”Sou do Céu”. Lúcia:”E que é que Vossemecê me quer?”. A Aparição:”Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero”.

E ocorreu um diálogo entre a Senhora e os 3 Pastorinhos, estes sempre dentro da Luz projectada por Ela. Lúcia falava, porque Lúcia era a única que falava, via e ouvia a Senhora; a Jacinta só via e ouvia e o Francisco só via.

Findo o diálogo (…….), a Senhora afasta as mãos, até aqui erguidas em prece. Antes de se afastar para Nascente, por um caminho de Luz Esplendorosa que a Sua própria irradiação vai rasgando, pede a Lúcia:”Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a Paz para o mundo e o fim da guerra”. (Decorria neste tempo a 1ª. Guerra Mundial que terminaria a 11 de Novembro de 1918 com a aceitação alemã do armistício imposto pelas potências aliadas. “A guerra terminou”, declarou o Marechal Foch. Morreram 9 milhões de pessoas, entre elas muitos Portugueses.).


 

Antes da Aparição de 1917, a pastora Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta foram protagonistas de visões celestiais, aquilo que intitularam de presságios dos acontecimentos da Cova da Iria. Em 1915, Lúcia e mais 3 pastorinhas, Maria Justino, Teresa e Rosa Matias, tiveram 3 visões de uma figura como se fosse uma estátua de neve, no lugar “Monte do Cabeço”. Em 1916, na Primavera, no Verão e no Outono, Lúcia e os primos Francisco e Jacinta, vêem um Anjo, que lhes diz:”Não temais. Sou o Anjo da Paz”. Na Primavera viram o Anjo na Loca do Cabeço, no Verão junto à casa da Lúcia, e no Outono num olival chamado Prégueira, junto aos Valinhos. Ficaram a conhecer a Oração do Anjo: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.

Há padres e outras pessoas que não acreditam na veracidade das Aparições da Cova da Iria. E dizem os maiores disparates que lhes vêm à cabeça. Esquecem-se que, por exemplo, a JACINTA que morreu em Lisboa, foi sepultada no jazigo da família do Barão de Alvaiázere no Cemitério de Ourém, e quando foi para ser trasladada para Fátima, em Novembro de 1935 (15 anos depois da sua morte), na presença das entidades competentes, foi verificado por uma comissão de médicos que o seu rosto estava INCORRUPTO. A 1 de Maio de 1951, os seus restos mortais vão para a capela lateral esquerda da Basílica do Santuário de Fátima. A cerimónia foi novamente antecedida de exumação e verificação do corpo. Uma vez mais, o rosto da JACINTA encontrava-se INCORRUPTO, ou seja, após 31 anos sobre a data da sua morte, em 1920.

Ainda para esses Ateus(?), Agnósticos(?), que disparatam quando falam, convém lembrar que FÁTIMA não estava ligada a SALAZAR, que não governava o País, nem a grupos religiosos! E a pergunta que se coloca é: Porque é que FÁTIMA “tem que ser uma aldrabice” na boca desses senhores, e as mais de 70 Aparições de Nossa Senhora, pelos mais variados locais e Países, podem ser “verdadeiras”?


Alguém põe em dúvidas as Aparições no Ano 39 ao Apóstolo Santiago, em Saragoça? No ano 352 ao Papa Libério em Roma? No ano 1.208 a S. Domingos de Gusmão na França? No ano 1.432 a Joaneta Varoli em Caravaggio, na Itália? No ano 1.531 a São Juan Diego, em Guadalupe, no México? No ano 1.830 a Santa Catarina Labouré em Paris? No ano 1.858 a Santa Bernardette Soubirous em Lourdes, na França (a quem apareceu 18 vezes?)? No ano 1.981 a 5 adolescentes e a uma criança, ou seja a: Ivanka Ivanković, Mirjana Dragićević, Vicka Ivanković, Marija Pavlović, Ivan Dragićević e o pequeno Jakov Čolo em Medjugorje na Bósnia-Herzegovina?

Hoje é Dia da Mãe em muitos Países, e poderá ser também nos nossos corações! Basta que o queiramos!...Afinal Dia da Mãe é todos os dias!...

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!...

Avé-Maria!...


Créditos: (Jacinta Marto, a novíssima profetisa/DN-Aparições de Fátima/Wikipédia/Joseph 1).