quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poema - ENTRELINHAS




Não preciso ser directa
Em alguns textos que escrevo
Gosto tanto de incitar tua visão
De testar tua imaginação
Te fazer voar...
E eu,
Me entrego à poesia
Mas isso não significa que tenhas
Que me entender, me decifrar
Basta que leias nas entrelinhas
Minhas bem ( ou mal ) traçadas linhas
Duvido muito do que quero dizer
Às vezes me surpreendo com o final
Quando no início apenas quero cantar
E me vejo dançando e te chamando
Pra nos meus versos penetrar ...
Não te acanhes, vem
Vamos permitir nosso momento
De entrega às palavras, ao vento
Devaneios
Desajustes
Devassados
Desnorteados
Quero estar na janela do teu quarto
E à noite
Chegar junto com a lua
Nua e crua
Em teus sonhos adentrar
Vamos , vem comigo ...
Te levo pela mão rumo ao céu
Flutuando na imensidão
Pra cama macia das nuvens
Cantando em teus ouvidos
A canção que te enfeitiça
Como o canto da sereia
E da fada maldita
Minha voz assim :
Embriagada de desejo e de volúpia
Eis que o verso tomou-me as mãos
Tirou-me o senso (vê!)
Fez-me escrava,
E aqui me entrego ...
Tens o livre arbítrio de escolher
Em tua mente, em teu querer
O ápice destes versos embriagantes...
Te deixo interpretar
O que quiseres
O que vires e encaixares
O que tiveres vontade de palpar
E colocar em tuas mãos...
Te entrego agora, neste momento,
As delícias e as malícias
Contidas neste espaço
Nas macias curvas alvas
Das minhas suaves entrelinhas ...

Pisuuuu...aqui ó>>>pra você!! rsrs

(créditos para Maria Rita de Castro)