sábado, 17 de novembro de 2007

Poema - 11

VERSOS DA MADRUGADA

Manhã de Sol caindo aos silvos na água!
O dia rompe a cantos de epopeia:
Aço de enxadas a bater em frágua
Luz orquestral a que o verão semeia.

E p´lo sinal da luz amanhecente,
Sol-nosso, o povo reza, Avé-Maria...
Doa-se à Terra e aos Céus por toda a gente
O terrível pagão do claro dia.

E ao Sol o povo, manteando o monte!
Até as pedras deitam flor e fruto!
- Ouço em eco meus versos no horizonte...

Ó dor e amor! Ó Sol da manhãzinha!
Canções da gente rude, se as escuto,
Eu mesmo cavo e sou quem poda a vinha!

Afonso Duarte

1 comentário:

Serenidade disse...

Um lindo poema,
obrigada por o partilhares connosco:)

Bom fim de semana

Serenos sorrisos