segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Poema - 21

NOCTURNO


Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento…

Como um canto longínquo – triste e lento –
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vertes pouco a pouco o esquecimento…

A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.

E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da noite, e mais ninguém!


ANTERO DE QUENTAL

3 comentários:

Anónimo disse...

Olha só, mudou a cara do blog.

Ficou legal.

beijo

"Oncotô? (Erika)"

Unknown disse...

Olha desculpe mas só agora reparei que mudou o blog.
Ficou azulinho.
Eu cá sou mais pró verdinho.
Boa semana.
Abraço
Pois é o meu signo chinês é serpente, cuidado.ehehehe
Manuela

Elvira Carvalho disse...

Animadinho o menino já em clima de carnaval...
Um bom soneto, embora Antero de Quental não seja dos meus preferidos.
Uma boa semana
Um abraço