domingo, 20 de janeiro de 2008

"DA GERAÇÃO RASCA À GERAÇÃO DIARREIA"...

(Falemos de coisas sérias):

Muitos miúdos de 13, 14 e 15 anos andam a sofrer de problemas intestinais em Portugal, admitem investigadores. Os técnicos manifestaram-se “surpreendidos” pela “indiferença” dos pais perante o fenómeno. “Já deviam ter exigido a criação de uma comissão de saúde só para estudar o caso”, defendem. A ausência de um estudo aprofundado não permite avançar dados concretos sobre o problema, mas os investigadores consideram que as perturbações começaram primeiro nos indivíduos do sexo feminino e só depois alastraram aos indivíduos do sexo masculino. Não se encontra determinada a origem destes problemas, mas os mesmos investigadores não descartam a hipótese McDonalds, culpando o consumo excessivo de cheeseburguers, batatas fritas e coca-colas. “Os miúdos deviam passar mais tempo a ver televisão no sofá e menos tempo no cinema. As pipocas podem dar-lhes cabo da saúde”, afirmou um dos investigadores, que preferiu manter o anonimato. A maior parte dos jovens que sofre deste tipo específico de perturbação intestinal usa as calças descaídas quase até ao joelho, mostrando parte das cuecas ou boxers. “Ao princípio pensávamos que se tratava de uma moda e passámos o assunto aos nossos colegas da psiquiatria”, esclareceu o mesmo investigador. “Só depois pensámos na hipótese “diarreia aguda”. Por isso os pré-adolescentes e adolescentes baixam as calças em qualquer lado onde se encontrem: não é uma manifestação colectiva de individualidade, trata-se de um reflexo preventivo provocado pelos distúrbios que estão a sentir. Eles estão sempre muito aflitos, coitadinhos, e precisam de ajuda.”

A expressão “geração rasca” surgiu pela primeira vez numa crónica do ex-director do Jornal “PÚBLICO”, Vicente Jorge Silva, que reagia com decepção à natureza dos protestos estudantis contra a política do Governo. Quatro estudantes universitários e activistas do movimento anti-propinas foram os primeiros a mostrar o “rabo” ao então Ministro da Educação, Couto dos Santos, com o slogan: NÃO PAGO !. Este tipo de contestação alastrou aos estudantes do Ensino Secundário, que mostraram também o “rabo” em manifestações de protesto contra as Provas Globais.

14 anos após estes acontecimentos, a tendência entre os jovens para baixar as calças em público continua – embora de forma menos radical e sem causas visíveis. Na verdade, a geração de 93 não era uma geração de gente rasca, como achava o grande Vicente, mas uma geração de visionários: transformou a expressão “Quem tem cu tem medo”, na expressão “Quem mostra o cu tem consciência política”. A actual geração voltou a subverter a frase, mudando-a para Quem mostra o cu está na
moda”.

Marcos Santos-Rev.24emcasa

6 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Muito interessante. Confesso que não costumo reparar nesse pormenor mas vou ficar atenta. Só para ver quem anda na moda.
Um abraço e uma boa semana

Unknown disse...

Boas noites, senhor José.

Umas palmadas naqueles rabiosques é que precisavam.
Os filhos e os pais que os deixam andar ao deus dará.
Os meus filhos não usam essa moda.
E quanto ao MacDonalds, só lá vão de vez em quando, e o mais velho prefere massas italianas em vez de Hambúrgers.
Feijoadas é que é bom e uma boa sopa de legumes, á transmontana.
Ah e umas farinheiras cozidas ou fritas...ui...ui.

Boa semana

Manuela

Anónimo disse...

Ó Joseph,

Voltei cá para lhe dizer que já está na altura de tirar o Pai Natal...não acha?
Daqui a 2 semanas já estamos no Carnaval.
Eu acho que você gosta é da mãe Natal...ou estou enganada?

Boa noite.

Manuela

Cati disse...

Humm...
Estou abismada.
Nem sei bem se hei de acreditar ou não... quer dizer... pois.
Acredito que passem demasiado tempo a comer porcarias. Mas daí a diarreias crónicas que os levem a usar as calças em baixo... quer dizer... as miúdas tb comem porcarias e não andam assim.
Vou reflectir... hmm.

Beijoca!

Luz disse...

Tão bem conheço a geração rasca. Gostei de pertencer a essa geração, éramos menos adormecidos que os miúdos de hoje. Mexíamo-nos mais pelos nossos interesses, refilávamos mais, lutávamos mais... E não deixamos com isso de ser Médicos, Arquitectos, Engenheiros, etc.

Jinhos com carinho amigo

Luz disse...

Manuela,

Desculpe, mas as modas, os protestos e afins, nada têm a ver com pais que deixam filhos ao Deus dará. Não posso concordar consigo. O meu filho e eu somos prova disso, cada um no seu tempo.
Tomara muitos meninos que os pais não os deixavam andar ao Deus dará (não estou a falar de nenhum específico) e que outros acham que os pais deixam, terem a integridade e a qualidade de vida que tenho, tive e proporciono.
Eu, que só por acaso pertenço à dita geração rasca, continuo a ser a favor do que se fez e respeito as modas de cada um, inclusive do meu filho. E não sou má pessoa, não fui uma filha deixada ao Deus dará (muito longe disso), nem muito menos sou uma mãe que deixa o filho ao Deus dará!
Respeitar os filhos não é deixa-los ao Deus dará.

Desculpe-me mas não gostei que tivesse generalizado injusta e incorrecta. Seria o mesmo que eu dizer que quem não respeita as modas dos filhos é mau pai e retrograda. Não seria correcto não é?

Joseph, desculpa, mas não achei correcto.
Beijinho