terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Dia de S. João (Evangelista) - Apóstolo



S. JOÃO Evangelista

S. João (Apóstolo e Evangelista) é o único dos 12 Apóstolos escolhidos por Jesus Cristo que não é MÁRTIR (na morte)!...Foi o único que assistiu à morte de Jesus e foi a ele que Jesus pediu para proteger sua Mãe, a Virgem Maria, dado que seu Pai Adoptivo, S. JOSÉ, havia falecido há cerca de 3 ou 4 anos.(*)

(*) - Tudo o que se sabe sobre o marido de Maria e pai adoptivo de Jesus vem das Escrituras e isso tem parecido muito pouco para aqueles que criaram lendas sobre ele.
Consta que se casou com Maria aos 30 anos de idade e, por seu carácter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade da Virgem Maria. É quase certo que morreu aos 60 anos de idade, no ano 30 d.C., aquando do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.


S. João (Evangelista) ou Apóstolo João, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago (Maior), foi capaz de capturar imagens com excelente literária de pensamentos sublimes de Deus. Homem de elevação espiritual, é considerada a águia que sobe às alturas vertiginosas do mistério trinitário: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus".

São João, profeta, foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse. Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II (Ireneu de Lyon, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o Cânone Muratori), identifica o autor como sendo o apóstolo João, o autor do quarto evangelho. Mas até o século V as igrejas da Síria, Capadócia e mesmo da Palestina não pareciam ter incluído o apocalipse no cânon das escrituras, prova de que não o consideraram como obra do apóstolo. Apresenta inegável parentesco com os escritos joaninos, mas também se distingue claramente deles pela sua linguagem, seu estilo e pelos seus pontos de vista teológicos (referentes, sobretudo à parúsia de Cristo), comentário de introdução ao apocalipse na Bíblia de Jerusalém.

João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de idade à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.

As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.

Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o "Filho do Trovão" e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”. Também ele e seu irmão, Tiago (Maior), pedem para ficar um ao lado direito, outro ao lado esquerdo de Jesus quando estiverem no céu, além de serem baptizados no mesmo baptismo de Jesus, tendo por isso sido levemente repreendidos por Jesus e causado certa inveja entre os demais apóstolos.

Segundo os registros do "Novo testamento", João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.


A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora , e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. (Na visão Protestante, a Bíblia indica que Jesus não era filho único de Maria Mt 12.46; Mt 13.55, porém seria o mais velho e por isso teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de José).No entanto, no Evangelho Segundo São Mateus está escrito: "Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica" (Mt 20,20), parece claro que esta mãe não é Maria, mãe de Jesus, mas outra pessoa, pois, então, o evangelista não escreveria "a mãe dos filhos de Zebedeu", e sim algo como "sua mãe".

Já a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa sustentam que Cristo não tinha irmãos carnais pois no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes, devendo ser frisado que Jesus falava aramaico, mas os evangelhos foram escritos em grego, idioma mais rico, o que pode ter gerado esta confusão, no momento da tradução.

Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas actividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da Igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. É tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso, onde teria encerrado o ministério com morte em idade muito avançada. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, ainda orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, aproximadamente no ano 90 d.C. .

Paulo na sua Carta aos Gálatas, fala de Pedro, Tiago e João ", como os pilares" da Igreja.

Depois da morte e martírio de Apóstolo Tiago, o Justo, ou Tiago Menor, João teria se dirigido à Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes. João esteve várias vezes na prisão, foi torturado e exilado para a Ilha de Patmos, por um período de cerca de quatro anos.
Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse (**). Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada foi preservada. Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero. Entretanto, o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador Nerva chegou ao poder em Roma.

(**)Em Apocalipse João diz que ele foi perseguido e relegado para a ilha de Patmos pela "palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo." Segundo a tradição, João viveu em Éfeso com a Virgem, sob o domínio de Domiciano foi jogado em um caldeirão de óleo fervente, do que saiu ileso, mas com a glória de ter-lhe dado também o seu "testemunho".

De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, entre os anos 98 d.C e 103 d.C., quando tinha cerca de 90 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 d.C. (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso, durante o Império de Trajano.

Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns. Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16,28)

De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia, dado que estava ao lado de Jesus, se reclinara sobre o Seu peito e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21,18-25)

Interpretações teológicas, contudo, resolvem essa dificuldade bíblica como Jesus afirmando que ele deveria permanecer vivo até a Revelação final do cânon bíblico, o Apocalipse. A partir daí, sua morte ocorrería naturalmente, no tempo devido. Ora isto, físicamente, é IMPOSSÍVEL!...JOÃO estará vivo...mas no Céu junto de Jesus.


(Créditos:/traposcacosevelharias/elsantodeldia/Wikipédia/Google)


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