terça-feira, 27 de maio de 2008

Poema - 30



Peixe grande


Aprendi deste momento único
A experiência sensível do existir.
Um flutuar distante e ausente.
O estágio quase dormente
em que a alma passeia.
Dispersa-se na areia.
Encontra outro porto.
Meu corpo, absorto
não mais doeu daquela dor,
dos troncos das árvores,
em meio ao vendaval.
Pois que livrou-se das raízes.
Em sendo totalmente livre,
Galhos eram asas e suas folhas
Penas pequenas de suave deslize.

Aprendi deste momento único:
Sobrevive quem sabe ir embora.
Pássaro não canta em gaiola.
Peixe grande visita a orla
Mas segue a vida em alto mar.
Pelo momento deixo estar.
Logo liberto-me das âncoras de agora.
Despejo meus sentidos mundo afora.
E quando enfim conhecer a calma
Resgato a semente da alma,
E apresento-lhe um novo lar.

PATI BRAZIL

(do blog Golpes de Grafite)/Net

3 comentários:

Andreia disse...

Um bom dia para ti!=)

Unknown disse...

Está Frio caramba.
Nunca mais vem o quentinho...
Amanhã chuva outra vez.

PUXA

Manuela

Elvira Carvalho disse...

Gostei.
Um abraço