VERSOS DA MADRUGADA
Manhã de Sol caindo aos silvos na água!
O dia rompe a cantos de epopeia:
Aço de enxadas a bater em frágua
Luz orquestral a que o verão semeia.
E p´lo sinal da luz amanhecente,
Sol-nosso, o povo reza, Avé-Maria...
Doa-se à Terra e aos Céus por toda a gente
O terrível pagão do claro dia.
E ao Sol o povo, manteando o monte!
Até as pedras deitam flor e fruto!
- Ouço em eco meus versos no horizonte...
Ó dor e amor! Ó Sol da manhãzinha!
Ó dor e amor! Ó Sol da manhãzinha!
Canções da gente rude, se as escuto,
Eu mesmo cavo e sou quem poda a vinha!
Afonso Duarte
1 comentário:
Um lindo poema,
obrigada por o partilhares connosco:)
Bom fim de semana
Serenos sorrisos
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