Eusébio
É considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos pela IFFHS, especialistas e fãs.
Eusébio ajudou a Selecção Nacional Portuguesa a alcançar o terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966, sendo o maior marcador da competição (recebendo a Bota de Ouro), com nove golos (seis dos quais foram marcados em Goodison Park) e tendo recebido a Bola de Bronze, por ter sido considerado o terceiro melhor jogador do Mundial 66(????)- É do conhecimento público tudo o que se passou neste Mundial feito para a Inglaterra, que jogava em casa, ser a Campeã do Mundo. Portugal havia eliminado o Brasil (o Favorito, e que incluia PELÉ), a Hungria e a Coreia do Norte...(Os penaltys roubados no "jogo das lágrimas" das meias-finais, que dariam a ida à final a Portugal), a mudança de locais de jogo, etc...Ficou tudo célebre, até o CHORO DE RAIVA de Eusébio, cujas fotos correram MUNDO).
Ganhou a Bola de Ouro em 1965 e ficou em segundo lugar na atribuição da mesma em 1962 e 1966. Eusébio jogou pelo Benfica 15 dos seus 22 anos como jogador de futebol, sendo associado principalmente ao clube português, e é o melhor marcador de sempre da equipa, com 638 golos em 614 jogos oficiais. No Benfica ganhou 11 Campeonatos Nacionais (1960-1961, 1962-1963, 1963-1964, 1964-1965, 1966-1967, 1967-1968, 1968-1969, 1970-1971, 1971-1972, 1972-1973 e 1974-1975), 5 Taças de Portugal (1961-1962, 1963-1964, 1968-1969, 1969-1970 e 1971-1972), 1 Taça dos Campeões Europeus (1961-1962) e ajudou a alcançar mais três finais da Taça dos Campeões Europeus (1962-1963, 1964-1965 e 1967-1968). Foi o maior marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, 1966 e 1968. Ganhou ainda a Bola de Prata sete vezes (recorde nacional) em 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1970 e 1973. Foi o primeiro jogador a ganhar a Bota de Ouro, em 1968, façanha que mais tarde repetiu em 1973.
Todavia, ao longo da sua carreira, o total de golos marcados é de 1.137.
2ª. Taça dos Campeões Europeus: 1961/1962:
Constituição da equipa:
- Costa Pereira (G.R.), Mário João, Ângelo Martins, Germano, Fernando Cruz, Cavém e o quinteto maravilha: José Augusto, Eusébio, José Águas, Mário Coluna e António Simões.
Apelidado de O Pantera Negra, A Pérola Negra ou O Rei em Portugal, Eusébio marcou 733 golos em 745 jogos oficiais na sua carreira. Era conhecido pela sua velocidade e pelo seu poderoso remate preciso de pé direito, tornando-o num excelente goleador prolífico. É considerado o melhor futebolista de sempre do Benfica e de Portugal e um dos primeiros avançados de classe mundial africanos. Apesar de ter nascido em Moçambique, Eusébio só poderia jogar pela Selecção Portuguesa, como Matateu e Mário Coluna, entre outros, antes dele, já que o país africano era considerado um território ultramarino de Portugal e os seus habitantes eram considerados portugueses.
O nome de Eusébio aparece muitas vezes nas listas e votações de melhores jogadores de futebol de sempre feitas pelos críticos de futebol e fãs. Foi eleito o nono melhor jogador de futebol do século XX numa pesquisa realizada pela IFFHS, faz parte da lista dos 50 melhores jogadores de todos os tempos do Planète Foot, ficou no 8º lugar da lista "Os melhores do século XX" elaborada pela revista Placar e foi eleito o décimo melhor jogador de futebol do século XX numa pesquisa realizada pela revista World Soccer. Pelé nomeou Eusébio como um dos 125 melhores jogadores de futebol vivos na sua lista FIFA 100, elaborada em 2004. Eusébio ficou em sétimo lugar na votação online para o Jubileu de Ouro da UEFA. Em Novembro de 2003, para comemorar o Jubileu da UEFA, foi escolhido como o jogador de ouro de Portugal pela Federação Portuguesa de Futebol como o seu melhor jogador dos últimos 50 anos.
Desde que se retirou, Eusébio tem sido um embaixador de futebol e é um dos rostos mais conhecidos do desporto. Eusébio é muitas vezes elogiado pelo seu conhecido fair-play e humildade, até mesmo pelos adversários. Foram realizadas várias homenagens por parte da FIFA, da UEFA, da Federação Portuguesa de Futebol e do Benfica em sua honra. O ex-jogador do Benfica, da Selecção Portuguesa, e amigo, António Simões, reconhece a sua influência no Benfica e disse: "Com Eusébio talvez pudéssemos ser tri-campeões europeus, sem ele talvez pudéssemos ganhar o campeonato”.
Infância e juventude
Eusébio nasceu no bairro de Mafalala, em Maputo (na época Lourenço Marques), em Moçambique (ex colônia portuguesa), a 25 de Janeiro de 1942, filho de Laurindo António da Silva Ferreira, ferroviário, branco, natural de Angola e, de Elisa Anissabeni, uma negra moçambicana. Foi o quarto filho do casal. Criado numa sociedade extremamente pobre, costumava faltar às aulas para jogar descalço futebol com os seus amigos em campos improvisados e utilizando bolas de futebol improvisadas. O seu pai morreu com tétano, quando Eusébio tinha 8 anos de idade, de modo que Elisa tomou quase exclusivamente cuidado parental do jovem Eusébio.
Mais tarde, Eusébio procurou inscrever-se no clube O Desportivo, mas não foi aceite, por ter um problema no joelho. A vontade de jogar futebol falou mais alto do que o clubismo, por isso, dirigiu-se ao Sporting Lourenço Marques. Tendo sido aceite nesta filial moçambicana do clube leonino de Lisboa, Eusébio jogou de leão ao peito até à sua ida para Portugal. Antes disso, chegou a ser indicado à equipa brasileira do São Paulo, após o ex-jogador do clube José Carlos Bauer, que havia participado nos Campeonatos Mundiais de 1950 e 1954, observá-lo em Lourenço Marques, em 1960. O Tricolor Paulista, entretanto, desdenhou do investimento. Bauer então conversou com Béla Guttmann, que fora seu treinador no São Paulo, sobre o jovem. Guttmann já treinava o Benfica na época.
O negócio da transferência do menino de 18 anos ficou então marcado pela polémica, devido à luta que houve entre os dois rivais de Lisboa para conseguir o passe do rapaz. O Sporting tinha tudo acordado com Eusébio e com o Sporting Lourenço Marques. No entanto, os responsáveis benfiquistas, sabendo tratar-se de um diamante em bruto, foram buscar o jogador ao Aeroporto, encaminhando-o para a Luz. Desta forma, Eusébio acabou por assinar pelo Benfica, embora o seu destino sempre tivesse sido o Sporting, quando ainda corria o ano de 1960. Logo na primeira época de camisola vermelha vestida, o "Pantera Negra" ajudou o Benfica a conquistar o seu último troféu europeu e a sua segunda Taça dos Campeões Europeus consecutiva, acabando de vez com a hegemonia do Real Madrid.
A 17 de Dezembro de 1960 chegou a Lisboa. Eusébio jogava na filial leonina de Lourenço Marques quando um funcionário do Benfica tratou da sua transferência para as águias. Colocou o Eusébio num avião sob um nome falso (Ruth Malosso - que pertence a uma cidadã portuguesa) e avisou os leões de que o jogador tinha partido para Lisboa de barco. Na capital, Eusébio era esperado por dirigentes da turma da Luz e alguns jornalistas.
O Sporting Clube de Portugal não desistiu e voltou à carga, duplicando a oferta do Benfica, que acabou por pagar à mãe de Eusébio, Elisa Anissabene, 250 contos pela transferência. Os encarnados esconderam o rapaz de 18 anos numa unidade hoteleira em Lagos, Algarve, evitando que ele fosse comprado pelo Sporting, e assim seguraram o reforço.
Menos de uma semana passou e Eusébio regressou à capital e já era jogador do Benfica.
Estreou-se no Estádio da Luz a 23 de Maio de 1961, num jogo amigável contra o Atlético em que marcou 3 dos quatro golos do Benfica. As peripécias que se sucederam desde a sua chegada atrasaram a assinatura do contrato, o que iria impedir de estar presente em Berna, na noite do primeiro triunfo europeu do Benfica. A sua fama internacional vem do jogo da segunda final europeia do Benfica em 1962, contra o Real Madrid. Não só marcou dois golos como fez uma exibição de luxo com as características que o iriam tornar famoso: a velocidade estonteante e o remate fortíssimo.
A France Footbal considera-o o segundo melhor jogador do mundo, em 1962. Os convites para jogar no estrangeiro obviamente surgiram. A Juventus oferece-lhe 16.000 contos, em 1964, numa altura em que ganhava 300 contos no Benfica. A tentação era tão grande que o governo de então o envia para a tropa, não permitindo que se venda um tesouro nacional deste tamanho. O Benfica acabaria por lhe aumentar o salário para 4.000 contos. No mundial de 1966 em Inglaterra, torna-se definitivamente uma estrela mundial, um digno rival de Pelé. O epíteto de "Pantera Negra" vai correr o mundo. A facilidade em marcar golos torna-o no melhor marcador do mundial com 9 golos, ajudando a levar Portugal ao terceiro lugar. Após o mundial, os italianos fazem uma nova oferta a Eusébio: 90.000 contos. Quando parecia que desta vez nem o governo poderia impedi-lo de aceitar, surge a notícia de que os clubes italianos deixam de poder contratar jogadores estrangeiros.
A carreira de Eusébio foi recheada de lesões, tendo sido operado 6 vezes ao joelho esquerdo e 1 vez ao direito. Nunca deixou de jogar, mesmo em condições dolorosas, até porque sabia que o Benfica dependia muito dele e que os espectadores não aceitariam bem a sua ausência. Realizaram-lhe uma festa de despedida, em Setembro de 1973, mas continuou ainda a jogar até 1979.
O seu último jogo com a camisa do Benfica foi no dia 18 de Junho de 1975, frente à selecção africana, em Casablanca.
Nome completo: Eusébio da Silva Ferreira
Apelido: Pantera Negra, King
Anos e Clubes Profissionais:
1957–1960 - Sporting de Lourenço Marques
1960–1975 - Sport Lisboa e Benfica
1976–1977 - Beira Mar Futebol Clube
1977–1978 - União de Tomar F. C.
1979–1980 - USA - Búffalo Stallions (Fim da carreira)
Nos últimos 5 anos da sua carreira andou pelos States e por Portugal.
No estrangeiro (USA), jogou na North American Soccer League (NASL), por três equipas diferentes, de 1975 a 1977: Boston Minutemen (1975), Toronto Metros-Croatia (1976, e Las Vegas Quicksilvers (1977). O seu maior sucesso na NASL foi em 1976, com Toronto Metros-Croatia. Eusébio marcou na vitória por 3-0 no 76 Soccer Bowl para ganhar o título da NASL. No mesmo ano, disputou dez jogos pelo Monterrey no campeonato mexicano.
Na temporada seguinte (1977), assinou pelos Las Vegas Quicksilvers. Acabaria por ser um final muito decepcionante da carreira de Eusébio. Por esta altura, as lesões tinham magoado o "Pantera Negra", e ele estava constantemente a receber tratamento médico enquanto jogava pelos Las Vegas Quicksilver. Durante a temporada, ele só conseguiu marcar dois golos.
Apesar de os joelhos lhe terem roubado a capacidade de continuar na NASL, Eusébio queria continuar a jogar futebol. Encontrou uma casa em 1978 com os New Jersey Americans da segunda linha American Soccer League (ASL). Foi forçado a aposentar-se de vez no final da temporada. Eusébio jogou cinco jogos pelos Buffalo Stallions durante a temporada 1979-1980 da Major Indoor Soccer League.
Selecção Nacional:
Selecção de Portugal - 64 internacionalizações e (41 - golos marcados)
Estreou-se na Selecção Nacional Portuguesa a 8 de Outubro de 1961.
A sua última internacionalização foi a 19 de Outubro de 1973.
Em Outubro de 1963, foi seleccionado para representar a equipa da FIFA no "Aniversário de Ouro" da "Football Association" no Estádio de Wembley. Eusébio aposentou-se em 1979 e actualmente faz parte da comissão técnica da Selecção Nacional Portuguesa.
Hoje em dia também é famoso pelas entradas e saídas constantes em hospitais, por causa de alguns vícios, das cabidelas e dos tremoços!...
Prémios individuais:
Futebolista Europeu do Ano (1): 1965
Futebolista Europeu do Ano de Prata (2): 1962, 1966
All-Star Team do Campeonato do Mundo (1): 1966
Futebolista Português do Ano (2): 1970, 1973
BBC Overseas Sports Personality of the Year (1): 1966
Prémios especiais:
Grã-Ordem da Cruz do Infante D. Henrique
Ordem da Grã-Cruz do Mérito
Prémio de carreira Bola de Ouro Portuguesa
(além de outros)...
FRASE de hoje: "Sou um simples jogador da bola" (Eusébio).
VIVA O REI (KING)!....
1 comentário:
Inesquecível,um colosso do futebol e da humanidade.Um dos maiores Portugueses da História.RIP (1942/2014)
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