FIDELIDADE
Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como a só presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quando assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão.
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.
JORGE DE SENA
JORGE DE SENA
6 comentários:
Vezes há que se fala...e não se diz coisa nenhuma...outras que não se fala e tanto se diz...
Doce meu beijo
Não conhecia. Muito bom.
Amigo, tem um prémio especial no Sexta-feira. Tão especial que não nomeei blogs, mas pessoas.
Um abraço
Muito bonito.
Boa semana :) Beijo
Já levei o selo. Obrigada.
Um abraço.
:)
Magnífico!
Gostei do seu cantinho, Está interessante. Cumprimentos cindapereira
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