C O M I G O
O cómico avançou num rodopio
galvanizando o ar… Depois cantou,
com graça, entre piruetas, recitou,
e nem um riso único surgiu!
De mágoa eu tinha lágrimas em fio,
quando esta ausência estranha despertou
o espectador que eu era, e me apontou
o coliseu sem público… vazio…
- Oh solidão macabra da plateia!
bem cedo abriu a tua sombra fria
no meu olhar altas paisagens de ouro:
- Fumos de luz onde voei perdido
o ano dum minuto agradecido,
para ver-te no fim rir do meu choro…
EDMUNDO DE BETTENCOURT
4 comentários:
Poema de uma melancolia tocante, caro Joseph. Ótima postagem!
Também gostei da diversidade do blog.
Abraços!
Mais uma excelente escolha, Joseph... Um beijo!
PS - espreit o meu escrito de hoje... E diga-me o que acha!
lindo poema ;-)
adoro vir ao teu blog é bom ler o k escreves.
desejo k tenhas um feliz natal e umas boas entradas
Feliz natal!
Beijinho!
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